Medicamentos.São bens de luxo?

Hoje o T foi a uma consulta de rotina.
Tudo bem com o T.
Crescimento e peso na altura certa para a idade.
Até ao nível do peso a medica do T, diz que ele ao manter o peso, fica muito bem assim.

Pergunta então se temos algo mais a lhe perguntar.

Falamos então da piscina e da rapidez com que o T se constipa nessas alturas, tendo de interromper as aulas de natação e esperar até que as crises de tosse passe.
Para tentar debelar ou minimizar este efeito a médica receita ao T uma vacina via oral, que lhe deve ser administrada durante 28 dias, parar e voltar a dar passado um mês.
Claro que fomos logo comprar, para que o T possa voltar a piscina o mais rápido possivel. Além de adorar a piscina, o desporto faz-lhe muito bem.

O problema foi quando a minha cara metade foi para pagar...36 euros...
Sem comparticipação alguma do nosso Estado, que deveria ser o garante da assistência social.
Irrita-me sinceramente ver estas disparidades e tratamentos dados a pessoas que precisam de medicamentos.

Até não falo deste medicamento prescrito ao T. Pois se lhe vamos dar é porque temos "ainda" hipóteses de a comprar.

Agora o que é dificil de entender é, ver pessoas que têm de abdicar de um tipo de medicação que lhe é prescrito como essencial ao seu tratament,o e ouvir dizer " Não posso menina. Esse medicamento é muito caro, não o posso levar. Pois tenho de pensar na comida que tem de entrar em casa".

Sim é verdade. Este tipo de situações cada vez mais se vai generalizando. Em prejuízo das pessoas mais carenciadas. Reformados, inválidos e pessoas com rendimentos de 200 e tal euros de pensão...

Por isso num futuro não muito longínquo, os medicamentos serão tratados como bens de luxo...

Pobre e podre está este nosso estado social.
E o nosso Governo ainda recuou nas comparticipações de uma maior camada de medicamentos.

Rosalino