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Duas faces voltadas para um rosto risonho e pequenino. O Sol do nosso dia a dia e a Lua dos nossos sonhos pela Noite.

segunda-feira, 18 de março de 2013

O vazio da incerteza.


Estas palavras provavelmente vão sair tão confusas quanto o vazio que as incertezas actualmente me assaltam. A necessidade de deixar aqui um grito de revolta é grande, só sendo equiparado às incertezas de um futuro para o qual não se consegue  ver rumo.

Sinto-me parado no tempo, sem conseguir olhar para o futuro. Porque esse nos está a ser roubado, estropiado, vandalizado e destruído. Nunca fez tão sentido aquela expressão que sempre achei meio idiota: " Sinto-me como um tolo no meio da ponte"
Isto porque sempre tracei um rumo e um plano para que não pudesse fugir do caminho que me desse segurança para mim e para os meus.
Mas o vazio que vai assolando o meu dia a dia e o receio pela incerteza do futuro, turba a minha capacidade de conseguir definir seja o que for.
Tudo graças aos arautos das desgraças que nos vão destruindo sonhos e até a capacidade de sonhar. porque já nem isso podemos fazer.
Tal é o estado em que nos fazem  mergulhar, a cada dia que passa, no abismo tenebroso para onde nos apontam.

Esse caminho eu não quero. Esse caminho eu sei onde me leva. Por aí eu sei que não vou e não quero ser arrastado.
Mas que posso eu fazer?
Se me lançam num vazio incerto e esperam que eu consiga desencantar lá forças para lutar contra esse mesmo vazio.
Como gostaria de poder regressar ao tempo onde se poderia trocar batatas por ovos, ovos por farinha e farinha por carne.
Voltar ás coisas simples e embora sem rebuscar luxos, poder viver mais feliz e sem ter de baixar a cabeça sabendo que me querem vazio e inseguro.
Como detesto esses despudorados que com duas palas nos olhos, somente vêm numeros e não pessoas. Percentagens e não futuros. Ratings e não certezas...

Raios. Deixem-me viver e respirar nem que seja um pouco para poder sentir-me vivo e com a certeza de que posso lutar e remar contra está maré de banalização e destruição do sonho humano.
Sou mais um entre aqueles que acreditam e gostam de pensar que este Portugal é muito mais do que duzentos e tais pessoas que ditam leis e se alimentam de um povo que se sente desgovernado

Façam as malas e vão destruir sonhos num local onde não existam pessoas. Onde possam ficar fechados nas vossas mentes tacanhas e cheias de absurdas restrições a liberdade de sonhar e ter u futuro.

E por favor. Não me deixem no VAZIO da INCERTEZA.
Porque eu não sou assim. Mas vocês querem-me obrigar a sê-lo.

Rosalino
PS De tempos a tempo estes desabafos são para mim um escape. Pena é que estejam a ser cada vez mais frequentes. Por isso mesmo desculpem usar este espaço que em nada se identifica com as palavras aqui expressas. Mas a minha incerteza e vazio de hoje, será provavelmente a incerteza do futuro do meu filho amanhã
(Imagem, da Internet)

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